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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

“Essa crise foi um presente do destino. Um presente de grego”




Confortavelmente espalhados em sofás, Márcio, PJ, Paulinho e Marco Túlio pedem para a entrevista começar antes mesmo de Rogério Fausino se juntar a eles na cobertura de um hotel de São Paulo. O grupo veio à cidade para lançar o álbum La Plata, o primeiro do mineiríssimo Jota Quest feito totalmente em Belo Horizonte. Depois de 12 anos de carreira, mais de 2,5 milhões de discos vendidos e "cento e poucos" shows por ano, o quinteto mostra um CD autoral, que, segundo a própria banda, é muito mais preocupado com o resultado musical – que agradasse aos cinco – do que com a opinião pública. "A intenção maior é agradar a banda. Isso significa até assumir alguns riscos em relação ao que as pessoas vão falar e achar, mas são riscos necessários", afirma Marco Túlio, guitarrista. Segundo a presidente do maior fã-clube do Jota Quest, Luana Caldas, o novo CD é o trabalho mais "desprendido" do grupo.

La Plata tem de tudo um pouco – pop, rock, eletrônica, funk&soul e até certa brasilidade do samba-rock, em "Ladeira", escrita por Nelson Motta. "Todos os discos foram muito diversos, a não ser o primeiro", afirma Fausino, referindo-se ao álbum em que eles vestiam perucas e cantavam músicas que lembravam os britânicos do Jamiroquai. Pela primeira vez, o grupo gravou com Ashley Slater, que montou a banda Freak Power junto com Fatboy Slim – uma de das principais referências musicais para o Jota Quest. A música de trabalho do novo álbum é um manifesto contra o mau uso do dinheiro e questiona o vício da sociedade nas compras. Por coincidência, ela chega em meio ao maior caos financeiro mundial desde a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. "Vamos ganhar o Prêmio Nobel de Economia", brinca Marco Túlio, sobre os poderes premonitórios do grupo. Na verdade, a banda acha que a crise só vem colaborar a teoria apresentada na letra. "Essa crise foi um presente do destino. Um presente de grego, mas foi”, ironiza Fausino.

ÉPOCA – Colocar o álbum na íntegra no MySpace foi uma jogada de marketing, para facilitar ao público o acesso às músicas ou para combater a pirataria?
Marco Túlio – Existem algumas circunstâncias que nos levaram a disponibilizar essas músicas no MySpace antes de o disco chegar à loja. A primeira é disponibilizar ao público e aos outros artistas e, junto com isso, veio a divulgação do trabalho.
Rogério – É a necessidade do mundo que a gente vive hoje. Tem que imaginar que, para os fãs e pessoas que acompanham a banda terem acesso ao disco físico, precisam ir às lojas ou comprar pela internet. A internet veio para diminuir esse trâmite. A resposta que estamos tendo do público está sendo muito legal. É lógico que a gente não sabe se isso vai reverter na venda do disco em si, mas estamos tentando encontrar novos caminhos.
Marco Túlio – Eu acho que esse fácil acesso ajuda muito um bom disco, que acaba tendo uma repercussão e um marketing mais bacana. Se um disco for ruim, ele já nasce morto.
ÉPOCA – La Plata é um álbum que tem de tudo um pouco - rock, pop, eletrônica, funk. Vocês quiseram agradar a todos?
Rogério – É mais desprendido. Alguns álbuns ficaram mais marcados por algum sucesso, outros são discos mais experimentais... O fato é que todos eles sempre foram muito diversos. Talvez o menos diverso de todos tenha sido o primeiro CD (J.Quest), porque éramos muito mais focados em um estilo musical: a black music, soul, funk etc. De lá pra cá, todos os álbuns foram muito diversos porque nós somos muito diversos. Todo mundo compõe, todo mundo traz idéia e muitas referências. E a gente sempre tenta misturar tudo para que o disco seja representativo do que somos.
ÉPOCA – Vocês acham que vão conseguir agradar a todo mundo?
Rogério – A intenção não é agradar todo mundo, é agradar boa parte das pessoas.
Marco Túlio – A nossa preocupação maior foi satisfazer o desejo dos cinco caras da banda e eu acho que os outros discos não foram diferentes. A diferença deste é que a gente teve um semestre inteiro em que se dedicou a fazer com que essas diferenças e sonoridades tivessem uma unidade. Um álbum nunca é feito de forma planejada. Muitas vezes a gente se surpreende com o resultado. A gravação é espontânea, senão você começa a colocar muito limite e deixa de fazer muita coisa interessante. Esse disco traz, sim, coisas novas, mas novidades que fazem parte do universo musical da banda. A intenção maior é agradar a banda. Isso significa até assumir alguns riscos em relação ao que as pessoas vão falar e achar, mas são riscos necessários.
Rogério – Riscos da parte técnica, artística e comercial...
ÉPOCA – "Lap top" é a primeira música totalmente eletrônica de vocês?
Márcio – A maioria das pessoas conhece só as músicas de trabalho. Mas, às vezes, tem músicas de CDs anteriores que vão refletir no CD posterior, como "Velocidade", "A gente", "35" (dos álbuns Oxigênio, Discotecagem Pop Variada e De Volta ao Planeta). Esse tipo de som já vinha junto com a banda, já começou há muito tempo, mas talvez tenha ficado mais forte agora...
Paulinho – A gente sempre misturou o eletrônico. Às vezes a gente compõe a música dentro do computador e, na hora que cada um senta com seu instrumento, a música vai para outro lugar. Talvez em "Lap top" a parte eletrônica tenha ficado mais evidente.
Rogério – Não tem nenhuma música no álbum que você possa falar que seja totalmente eletrônica porque sempre tem algum instrumento.
Paulinho – A gente tem vontade, e deve colocar isso em prática no próximo ano, de pegar o La Plata e colocar na mãos de uns amigos DJs (do grupo Click Box) para eles refazerem do jeito deles.
ÉPOCA – E a parceria com Nelson Motta. Como foi?
Rogério – O Nelson passou uma tarde toda conosco em Belo Horizonte, ouviu nossa demo, e gostou muito dessa música que já estava pronta, só com "nánáná". A gente já estava namorando há um tempo. Dois dias depois ele ligou superanimado dizendo que havia feito a letra de "Ladeira", que é uma metáfora da vida, com uma citação de Gilberto Gil, da "Ladeira da Preguiça". Essa música sempre me remeteu a uma coisa muito brasileira e o Nelson captou isso. A própria palavra ladeira é uma coisa muito brasileira. Todos os estados têm suas ladeiras – lá em Minas tem muita!
ÉPOCA – E a música "La Plata"? Como vocês explicam seu lançamento em meio à maior crise financeira desde a quebra da Bolsa em 1929?
Rogério – (risos) Vamos ter que abrir uma consultoria: Jota Quest Consultores.
Marco Túlio – Vamos ganhar o Prêmio Nobel de Economia 2009.
PJ – Há três, quatro meses, quem gosta de cultura geral, sabia que alguma coisa estava errada. Mas "La Plata" é muito mais que o dinheiro em si: é um protesto ao mau uso do dinheiro, é universal.
Marco Túlio – Questionamos quais caminhos estamos tomando. Essa crise financeira vem para avalizar os questionamentos que estão em "La Plata".
Rogério – Foi um presente do destino.
Marco Túlio – Presente?
Rogério – (risos) Presente de grego, mas presente.
ÉPOCA – Gravar com Ashley Slater era uma vontade antiga?
Rogério – Ele criou uma das bandas que mais serviu de referência para a gente, que é a Freak Power. Até hoje ela é nosso CD de cabeceira. A gente o escolheu porque, mesmo sendo low profile (que não gosta de se expor), dizia muito a nós, muito mais do que um artista em evidência. A gente realmente o admira. E foi uma surpresa muito boa, ele chegou com um astral super up. A gente ia fazer uma música só e ele acabou fazendo "So Special" em duas versões, "Hot To Go", tocou trambone em "Paralelepípedo" e algumas outras coisas que não estão no CD. Além disso, vem para tocar com a gente em São Paulo, dias 14 e 15, e depois no Rio de Janeiro, dia 28.
O que faz sorrir e o que faz temer o Jota Quest?
Uma música que represente a banda: "When you gonna learn", Jamiroquai
Uma gula, obsessão: Jota Quest. "Somos antropofágicos", disse PJ
Um sossego: Belo Horizonte
Um amor: Nossos filhos e nossa música. E nossa música é nosso filho.
Um desespero: Escolher o repertório e o descompasso da humanidade
Um inimigo: O ego
Um medo: Depois de pensar durante alguns minutos, os integrantes da banda resolveram deixar de responder.
"Esses meninos encaram tudo. E é sério", disse PJ












terça-feira, 28 de outubro de 2008

Aniversário do PJ


Parabénssssssssss ao melhor instrumentista do Brasil, sem exageros....


Grande PJ você merece todas as coisas boas desse mundo, muita paz, luz e energias positivas em sua vida....




SUCESSOOOOO!!!!!!!!!!!!!!


SUCESSOOOOO!!!!!!!!!!!!!!


SUCESSOOOOO!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Jota aparece ousado no oscilante La Plata


“A vida é uma ladeira só, que sobe e desce, vem e vai” ou “a vida vem em ondas, como o mar, num indo e vindo infinito”. Semelhantes versos, criados pelo mesmo autor. Vinte e cinco anos após compor Como Uma Onda, ao lado de Lulu Santos, Nelson Motta assina agora Ladeira, faixa do sexto disco do Jota Quest, La Plata - disponível na íntegra para pré-audição gratuita, entre os dias 25 e 29 de outubro, no perfil oficial do grupo no MySpace.
Entre os episódios, há outra coincidência. Bem como O Ritmo do Momento - LP em que Lulu projetou a parceria zen-surfista com Motta - La Plata foi produzido por Liminha. Ousados, porém conscientes, os integrantes do Jota Quest dividem a missão com o experiente produtor. São eles próprios que assinam a co-produção do álbum. Um registro oscilante, mas pontuado por ótimos momentos e, às vezes, por um inegável potencial radiofônico.
Dificilmente, Ladeira causará o impacto de Como Uma Onda, apesar do apelo pop e da rápida referência à Ladeira da Preguiça, de Gilberto Gil. No gosto popular, talvez caiam com relativa facilidade as românticas Vem Andar Comigo e Único Olhar ou a interessante La Plata, selecionada para puxar o disco. Roqueira, O Grito aparece no páreo, com direito a uma espécie de homenagem às Minas Gerais. “Liberdade, ainda que tarde”, diz um dos versos, em referência ao lema cravado na bandeira do estado.
Se os integrantes do Jota Quest ousaram, ao dividir o comando do disco com Liminha, acertaram ao convidar Ashley Slater para participar do CD. Criador do grupo Freak Power, ao lado de Norman Cook ou Fatboy Slim, o canadense acompanha os mineiros nos melhores momentos do álbum. Seja na ótima So Special, remixada como faixa-bônus, na animada Hot To Go ou em Paralelepípedo - inspirado jogo de palavras, que cita a TV a Cabo, do pernambucano Otto, e Ninguém Regula a América, de Marcelo Yuka.
Com um sample de Sea, Sex and Sun, do francês Serge Gainsbourg, Tudo Me Faz Lembrar Você não convence, assim como Seis e Trinta e Laptop. Porém, La Plata é um CD descontraído, quase despretensioso. No Minério de Ferro, estúdio criado pelo grupo em Belo Horizonte, Rogério Flausino, Marco Túlio, PJ, Márcio Buzelin e Paulinho Fonseca estão à vontade, como provam na festiva Nobody’s Watching. Sem contar que, com dois milhões de discos vendidos, eles sabem que sempre haverá alguém lhes assistindo.

Fonte: http://palcobr.com/2008/10/27/jota-aparece-ousado-no-oscilante-la-plata/

domingo, 26 de outubro de 2008

LA PLATA


Dia 30/10 está chegando e no myspace do jota quest estão disponíveis as músicas do novo CD - LA PLATA , mas é só até o dia do lançamento então entrem e curtam o novo som ....

Ta bom d+++++++




Novo Espaço

Salve salve galera namoraaaaal. É com muito orgulho que inauguro hoje o mais novo blog em homenagem ao grande Márcio Buzelin, infelizmente o antigo blog destinado a postagens e novidades sobre o Márcio expirou a algum tempo e nada melhor do que o lançamento do novo cd do jota para lançarmos também um novo cantinho para esse tecladista maravilhoso que é o Buzelin. Então aqui postarei, noticias, agendas de shows, novidades, fotos antigas e atuais e muito mais novidades para os fãs do nosso Marcinho. Espero que gostem e conto com a colaboração de todos para o crescimento desse espaço.
Grande Beijo (Isabel Neri ) - Belquest